sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A necessidade do nada


Desnecessário é ter que explicar o silêncio que preenche o nada dentro de si.
Desnecessário é a todo momento ter que olhar onde ando.
Pois o nada  não é completo e excluso de tropeços.

Nada continua o mesmo, nem o nada.
Ele é volúvel como as chamas em movimento.
E queima ao tentar ser manipulado.

Conjure a vida, conjure o amor.
Ainda assim, o nada permanece presente.
Como se a chama fosse uma punição eterna.

Ninguém diz que é necessário.
Ao mesmo tempo, alguém pergunta: pode algum outro sentir o mesmo?
Em silêncio todos concordamos sobre o nada que sentimos.

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pintura: Cupindon, de William Adolphe  Bouguereau (1891)

sábado, 28 de setembro de 2013

E se a minha realidade mudasse por alguns dias?


Eu moldei, preservei e cultivei a minha própria realidade, meu próprio mundo e minha própria satisfação afim de manter um estado de espírito que prendesse em mim todas as minhas certezas ou falsas certezas. Eu lembro perfeitamente da frase: a vida é cheia de surpresas, é um fato, mas ninguém fala como que se reage à estas surpresas.

Quando algo inesperado acontece, pessoas extremas como eu  ou reagem emocionalmente, ou racionalmente. Controlei me de inicio, e posteriormente senti segura para prosseguir e dividir minhas angústias, senti segura para finalmente abrir o que fechei a anos atras. 
Infelicidade a minha de não pensar que algo tão bom teria um fim tão rápido. Talvez se eu tivesse me precavido; se eu continuasse na minha perfeita indiferença estaria firme.

Eu estou desabando.

domingo, 4 de novembro de 2012

depressive mood

I got the blue, the red, and the grey today
I just need some white to help me live.

domingo, 16 de setembro de 2012

Cruel.
Única característica entre a raiva e o cálculo racional, minha última alternativa.
Um misto de sinceridade e verdade, como isso pode soar tão cruel, dos meus lábios para teus ouvidos.Infames!

Orgulho.
Espero apenas que meus atos sejam perdoados. Pecador redimido?
Uma tragédia a parte, isto é apenas um rascunho...poderei rabiscar o quanto quiser e quando puder? Reescrever as linhas já gastas?

Fim.
O processo se complicou e isto está sem ritmo.
Torturar aquilo que está errado em uma tentativa de tornar certo.
Mas me lembrarei bem da tentativa, e mais ainda do erro.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Um dia qualquer

Sem palavras. A dor da angústia é a única que promove o que tenho a dizer.
Mesmo assim, ela nunca é escutada, nem vista, por mais que eu tente transmitir com meus olhos.
O caos de minha consciência não me permite adormecer no mar dourado de anos atrás.
Máquinas criadas, destinadas a ser algo, algo que não sou... ou talvez eu apenas esteja na contramão...
Quando o dever e o querer se contradizem, o que se escolhe? Não existe instrução para isso, independente das relevâncias.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Inverno

Como explicar algo que apenas acontece?

Sem esperar, sem retroceder, sem progredir.

Com pressa. Sem pressa. Estamos todos correndo.










                                                                                                                                                pintura: J.P.A. Renoir

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mais um, com sentimento...

Nesta postagem, caro leitor fantasma, você não encontrará uma imagem...Me cabe pedir te que imagine algo em sua mente, neste breve instante que ler e suspirar, respire...apenas respire.

Tudo é uma questão de exposição...
Exponha o que você é, ou não...Exponha suas roupas pelas ruas, seu sorriso, seu olhar.
Exponha o que pensa na internet, expor.
Será isso tudo necessário para que outros nos descubra?

Inevitavelmente, prefiro aquele olhar perdido, aquele sorriso da lembrança...
As roupas de ultima hora usadas durante o percurso apressado.

Como podes pensar que a exposição faz de ti o que é?
Se o acaso nos condena, e se ele mesmo nos presenteia.
O de repente, nos move, guia e persegue.
Faz de mim prisoneiro da espera.

Viva, corra, fuja se necessário... Mas sinta intensamente, sem programação.