segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mesmo que isso signifique....

Sinto voltando,
o sentimento, está voltando,
mesmo não te trazendo de volta para mim.

E volta mais forte,mais desesperador.
Matando futilidades, dando me forças para continuar neste clichê insano.

Assim reabro nosso pequeno clube da autodestrição.
Que construímos, ano após ano,com todo amor que sentimos.

Tudo que nós sonhávamos e desejávamos, agora estão largados e selados em caixas, em um canto de nossas mentes extremamente perturbadas.
Me chame de novo, como um sussurro, vindo me perturbar no meio da noite.
Envolva me nos braços da memória e beija me como o sopro dos ventos mais frios, no momento mais terno que nunca tivemos.Você compreenderá que estou tentando, enquanto os dias se desmoronam frente aos nossos olhos, estou tentando manter uma parte de você viva, pois sem ela não posso viver...


...morrer.

Este espelho é pequeno demais para nós dois.

Aquele sangue negro corria em mim...

O que eu poderia fazer?
Além de gritar, ranger dentes.
A febre me consome e deforma.

As maldições ditas!
Como fazer tudo parar de rodar?
Como fazer com que as palavras ecoem em seu maldito coração.

Você poderia tentar.
Ao menos se visse que torturas me traz...
Se ao menos uma maldita vez você visse tudo pelos meus olhos.

Este espelho pequeno para nós dois.
Vou te deixar sozinho,
Vou calar meus pensamentos.

Irei enterrar
O meu reflexo tão gasto
Preenchido pelo que sobrou de você.

A minha persuasão morrerá
E como uma fenix,
Um dia ( infelizmente ) renascerá.

Por enquanto te deixo aqui.
No seu lugar favorito
Junto a noites, túmulos, cometas e desejos perdidos.

E te deixo aqui,
aonde você não existe...
Pois não vejo mais seu reflexo.

mais uma vez, com sentimento....

O céu violeta predizia...
o dia apenas começava,
porém ambos sentiam
Aquilo que poderia ser o início da dor...

Nada veio, e ambos esperaram em vão.
As estrelas apareciam em sequência,
brilhantes como nunca.

Ambos viram... e em seus corações, algo se partiu.
Algo quebrou, e nunca foi colado.

( esse foi escrito em um quarto de hospital; mais uma vez, com sentimento )