segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Este espelho é pequeno demais para nós dois.

Aquele sangue negro corria em mim...

O que eu poderia fazer?
Além de gritar, ranger dentes.
A febre me consome e deforma.

As maldições ditas!
Como fazer tudo parar de rodar?
Como fazer com que as palavras ecoem em seu maldito coração.

Você poderia tentar.
Ao menos se visse que torturas me traz...
Se ao menos uma maldita vez você visse tudo pelos meus olhos.

Este espelho pequeno para nós dois.
Vou te deixar sozinho,
Vou calar meus pensamentos.

Irei enterrar
O meu reflexo tão gasto
Preenchido pelo que sobrou de você.

A minha persuasão morrerá
E como uma fenix,
Um dia ( infelizmente ) renascerá.

Por enquanto te deixo aqui.
No seu lugar favorito
Junto a noites, túmulos, cometas e desejos perdidos.

E te deixo aqui,
aonde você não existe...
Pois não vejo mais seu reflexo.

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